sábado, 17 de abril de 2010

O pós-operatório

Nas primeiras horas da manhã ele parecia bem. Falou ao celular e conversou um pouco.
Mas o problema hormonal reiniciou seu castigo. A cabeça doia muito. Seu cirurgião viajou e deixou o seu auxiliar no comando. O João não se sentia confiante com o outro médico.Não conversava e se irritava com facilidade. Dizia que o sofrimento era tanto , que era melhor acabar com a vida para poder acabar com ele.Foram 5 dias de internação com o acompanhamento muito próximo da endocrinologia.
Ao sairmos do hospital , o assistente do cirurgião disse que se precisássemos de alguma coisa era para procurar o residente que estaria de plantão no HC cidade, unidade de emergência.
SE era tudo PARTICULAR, porque ir para um PRONTO SOCORRO?
Ao entrarmos no carro o João teve um episódio de vômito em jato. Eu quis voltar para o leito do hospital, mas ele negou e pedia muito que fôssemos embora dali, que era só um enjôo.
Não me perdouo por ter cedido.
Ao chegarmos no nosso apartamento ele teve outro episódio de vômito.Estava lívido.O desespero tomou conta da situação. Eu tinha que estar forte e decidada para dar força e segurança para ele
e para minhas filhas. Liguei para o médico responsável pela alta hospitalar que me orientou. Outro episódio de vômito. Fomos para o PRONTO SOCORRO do HCRP.
Outro episódio de vômito. O médico indicado para nós procuramos o atendeu na sala da assistente social que ficou muito BRAVA porque tínhamos sujado sua cadeira.
Deus, cadê você?fique conosco, cuide da gente...

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