terça-feira, 4 de maio de 2010

...E a vida seguia

Minhas filhas noivaram, casaram. Eu e o João fomos ficando cada vez mais próximos.Eu cuidava de toda sua vida até ele voltar a trabalhar.
Com toda bondade e justiça de Deus, ele voltou para sua sala no hospital.Recuperou a agilidade, o equilíbrio e as ranhetices.
A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO, já esperada, deixou-o intolerante, ríspido e grosseiro em situações de stress.Por qualquer coisa ele era agressivo. Eu já tinha lido que o CRANIOFARINGIOMA causava até MUDANÇA DE PERSONALIDADE.
Eu sempre pedia às minhas filhas que o desculpassem porque aquilo fazia parte do quadro de sua doença, e hoje ele é uma pessoa DOENTE. Não dava mais para fazer de conta que nada tinha acontecido.
Mas eu sempre achei que tudo tem um jeito, eu só precisaria descobri-lo para sermos mais felizes.Sempre achei que é muito bom para os casais um interesse em comum, ter algum passatempo onde os dois se distrairiam e cultivariam. Foi aí que nasceu nosso gosto por antiguidade.
Estávamos completamente envolvidos.Líamos livros a respeito, visitávamos brechós, viajávamos para garimpar as feiras de antiguidades de São Paulo,procurávamos conhecer antiquários das cidades próximas.

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