quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fizemos a Campimetria

O exame foi rápido.Demora mesmo foi para sermos chamados, mas nada de tão difícil.
O João pegou seu prontuário na mão e viu o exame.Ficou muito chateado, porque embora não tivesse 1 laudo do médico, ele conseguiu avaliar e percebeu que a área afetada aumentou. Ele disse "tá estragado". Eu argumentei que ele não mexesse no prontuário, que o mesmo só deveria ser consultado pelo médico dele, o neurocirurgião.
Na volta para casa ele veio calado e muito emocionado.Ele me disse que se a radioterapia tiver matado o tumor, ele aguentaria o problema da visão,ele
se adaptaria.Em seguida ele me perguntou: "voce já imaginou que eu posso nunca mais fazer uma cirurgia?".Senti uma pena enorme dele."Mas voce pode passar seus casos cirúrgicos para seus sócios,como voce está fazendo agora.Que bom que você trabalha em equipe!, só Deus para prever estas coisas", argumentei.
Na volta para casa ele ainda se questionou se não seria covardia dele tentar se adaptar e aceitar sem se revoltar.Deus do céu, eu disse."Isso é sabedoria!"
...E assim vamos vivendo.Aguardamos o dia da ressonância para termos uma palavra mais concreta. Acho que estou mesmo é com medo desse exame, que ele não me "ouça".

domingo, 17 de julho de 2011

"E tudo passa, tudo passará..."

A Radio acabou. Nada de náusea, vômito, dor de cabeça, enjôo,tontua, convulsões. Nada que temíamos que acontecesse. Sofremos a toa.Só a vista, que piorou e teima em não voltar ao estado inicial da radio.O radiologista acredita piamente, pelo que entendi, que essa melhora virá, é só uma questão de tempo.
O tratamento consistiu de 28 aplicações diárias, sempre em torno das 7:00 da manhã.O pessoal quetrabalha lá, no balcão 12 do ambulatório dao HCRP é muito gentil, simpático e muito carinhoso.Parece até que foram selecionados por isso.
Na salinha de espera, separada de todas as outras, umaTV de plasma, algumas cadeiras, um cafezinho e 1 bebedouro.Na salinha , com porta de vidro, só os pacientes de radioterapia e seus acompanhantes.É impressionante a fraternidade que a gente encontra naquele grupo, unido por um progn´stico incerto e uma vontade louca de superação. Acho que é isso que Freud chamava de Instinto de Vida. Todos se preocupam com todos, puxam conversa,lembram de um comprimido que alguns tomam um pouco antes da aplicação.Na hora de ir embora, todos se desejam bom dia, boa viagem de volta e assim por diante. Foi uma experiência impar.
Acordávamos todos dias as 5:15 da manhã, tomávamos um suco, comíamos 1 bisnaguinha seven boys com requeijão e saíamos para Ribeirão Preto no máximo as 5:45.Eu dirigindo.
Mas Deus é bom demais e as vezes se manifesta numa forma diferente. Contamos com ajuda de um valioso amigo que 3 ou 4 vezes fez questão de levar o João. É muito bonito essa tal coisa , a AMIZADE. Me tocou muito a disposição deste amigo, que disse que ganharia muito com os momentos que passaria ao lado do amigo.
Nossos genros também nos ajudaram, dirigindo para o João umas 2 ou 3 vezes, para me poupar. Que legal.Agradeci muito.
Hoje, quase 1 mes após o Término da radio, comentamos como tudo passou tão rápido.
O joão já teve 1 consulta com o neurocirurgião que pediu para próxima semana CAMPIMETRIA e RESSONANCIA. Vamos aguardar.